quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

SOBRE OS DEPENDENTES , SEJA QUAL FOR A DROGA


NO CALAR DA MADRUGADA FRIA

UM ANJO PEDE SOCORRO EM COMUNHAO COM SUA LIBERDADE. PEDE SOCORRO, ATRAVESSA A NOITE EM DELÍRIO BUSCANDO PELOS EXCLUIDOS.
SUA PELE, SUAS EMOÇOES SE MISTURAM NO SUFOCO DA MADRUGADA. A AMIZADE PROSEGUE ENTRE ABRAÇOS E BEIJOS, A AMBIGUIDADE SE FAZ PRESENTE NOS DOIS HEMISFERIOS DE SEU CÉREBRO E CORAÇÃO.
A SENSAÇÃO É DE PRAZER TOTAL, COMO SE A NOITE LHE PROPORCIONASSE A SEGURANÇA QUE PRECISARIA TER ENTRE OS SEUS.
ONDE ESTAO AQUELES QUE PODERIAM  LHE PROTEGER? PODERIAM AINDA OLHAR PARA O QUE E QUEM ELES OLHAM? ONDE ESTÃO AQUELES QUE TÊM FORÇA E POSSIBILIDADES DE ACOLHER OS EXCLUIDOS?
TALVEZ EM SUAS CAMAS TENTANDO BUSCAR O SOSSEGO QUE A MUITO PERDERAM. TALVEZ AINDA EMARANHADOS COM O PESADELO DO PASSADO, OU AINDA COM A SUSTENÇÃO DE UM CASTELO QUE PENSAM AINDA EXISTIR.
QUEM SABE  A SOLUÇAO DE SEUS MEDOS ESTEJAM NA ORGANIZAÇÃO DE UMA MARATONA PARA  BUSCA DA ORDEM, QUEM SABERÁ??  COMO OLHAR PARA ALGO QUE  HA MUITO FOI DEIXADO PARA TRAZ, PARA UM EVENTO QUE FOI ESQUECIDO PELAS TEIAS DA GRANDE TRISTEZA. ALGUM OU ALGUNS  PRECISAM SEGURAR PARA QUE NÃO  HAJA A DESINTEGRAÇÃO TOTAL DE UM SISTEMA, ALGUNS SEGURAM SEUS PILARES. OS QUE OLHAM NA BUSCA DE LIBERTAR E DAR ORDEM AO SISTEMA É O ANJO QUE PEDE SOCORRO ( SAI COMO EM HEROI EM BUSCA DA VITORIA E SEM VER ACABA ABANDONANDO TODOS OS QUE AMA).
NEM ELE É CAPAZ DE SABER PORQUE AGE  COM TAMANHO IMPULSO PARA O ATORMENTADO TURBILHAO. AS CONSEQUÊNCIAS  SÃO A TRISTEZA, A SOLIDÃO E A NÃO COMPREENSÃO  DAQUELES QUE LHE PROPORCIONARAM A VIDA EM UM MOMENTO DE GRANDE AMOR.
COMO ACHAR CERTO OU ERRADO SE CADA UM ESTÁ A SERVIÇO DE ALGO MAIOR, CADA UM COM SUA FLAMULA DA VERDADE.
ANJOS SEGUEM SEUS CAMINHOS EM BUSCA DA VERDADE E RECONHECIMENTO DE MUITOS EXCLUÍDOS. SEGUEM NA ILUSÃO DE  ACORDAR AQUELES QUE ADORMECEM EM SEUS PESADELOS DIARIOS E NOTURNOS. ESSES QUE OLHAM PARA O PESADELO DE OUTROS SEM FORÇA PARA OLHAR PARA OS SEUS.
QUEM SABE VOCE TEM UM DESSES ANJOS E HAJA AINDA TEMPO PARA  OUVIR  SEU GRITO.GRITO ESSE QUE SE PERDE NO ECO DE UM CORREDOR SEM FIM, ONDE MUITOS ANJOS JÁ GRITARAM ( VOCE TALVES TENHA SIDO UM DESSES ANJOS ), GRITO QUE SE MISTURA AOS ENTORPECIMENTOS DA CONSCIENCIA COLETIVA GERANDO UM GRANDE E PROFUNDO SOLUÇAR E LÁGRIMAS.
OUÇA NA MADRUGADA ,ENQUANTO A MÚSICA TOCA ENSURDECEDORA: ANJOS GRITAM POR SOCORRO PARA SEREM OUVIDOS .
SE HOJE VOCE NÃO É CAPAZ DE OUVIR , QUEM SABE UM DIA OUVIRA?QUEM SABERA??
ONDE SE ENCONTRA AGORA, NA MADRUGADA FRIA O ANJO QUE GRITA POR SOCORRO?
NO ASFALTO CORRENDO EM ALTA VELOCIDADE? 
PERDIDO NAS NOTAS MUSICAIS DE UMA FESTA ?
ENVOLVIDO EM CONVITES DE OUTROS EXCLUIDOS?
TOMANDO EM UM COPO ONDE LÁGRIMAS SE MISTURAM AO MOVIMENTO INCONSTANTE  DA INCONSCIENCIA?
NO PÓ QUE OS FAZ LEVITAR SOLITÁRIOS COMO RESTOS DE AREIA DE UM DESERTO DEPOIS DA VENTANIA?
NUM DOCE  E ALUCINATE PASSO PARA A ETERNIDADE?
NA BALA QUE MANTEM ACESSA A CHAMA DA ILUSÃO?
OU AINDA NO RECOLHER EXCESSIVO, EM UM SONHO QUE NAVEGA A TODO MOMENTO  NA MAQUINA FRIA DE UM PC?
NÃO IMPORTA ONDE SE ENCONTRA, NESCESSARIO SE FAZ BUSCAR FORÇAS LÁ ATRAZ PARA SOCORRER ESSES ANJOS , OU NÃO, QUEM SABE ?  QUEM, SABERA?
TALVES POSSA EU SER UM DESSES ANJOS E QUANDO FICO CONSCIENTE DOS GRILHÕES QUE ME FAZEM PRISIONEIRO,  HÁ A CHANCE DE LIBERTAR TAMBÉM  GERAÇÕES  ANTERIORES  E MUITAS QUE AINDA VIRÃO.
SE AINDA NÃO É CAPAZ DE OLHAR PARA SUA DOR, ESCUTE O ANJO QUE GRITA POR SOCORRO  E TENTE NÃO JULGA-LO. ELE EM UM MOVIMENTO COLETIVO. PODE  ESTAR OLHANDO TAMBEM PARA SUA  TEIA.
   QUEM SABE? QUEM  SABERA?


  ANGELA    2011

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A TROCA NOS RELACIONAM NETOS.


A TROCA NOS RELACIONAMENTOS.


Entre casais a troca inicia-se e prossegue de forma estável para o equilíbrio seja ele positivo ou negativo. Quando uma das partes faz algo que mostra o seu amor o outro fica sobre pressão (por amar) ate que retribui em proporção maior o que ele próprio recebeu sentindo-se grato. Dessa forma a dinâmica da troca prossegue evoluindo, levando a relação à harmonia, reforçando-a. Se a retribuição ou compensação esta no mesmo nível do recebimento ou menor, a pressão por compensação acaba e enfraquece a relação. Em muitas coisas na vida nos limitamos a manter o equilíbrio de troca, ou ainda não tomamos o que nos é oferecido por medo, orgulho e ficamos assim estacionados.
Quando a troca se faz pela desarmonia, também pode prosseguir por uma vida toda. Recebe-se uma ofensa, retribui-se com outra ofensa, levando assim a relação ao caos da convivência (como muito vemos), pensando por vezes ser natural, crescendo também esse intercambio no mal que leva ao sofrimento e infelicidade. Se não dou o troco na ofensa e perdoo simplesmente, estarei sempre cobrando de alguma forma pelo erro do outro, e o outro por sua vez sente-se culpado, em divida ou ainda pode pensar que não o levamos a serio e não damos importância ao ocorrido querendo assim separar-se de mim. Pode parecer estranho, mas, é real. Por outro lado se dou o troco na vingança adequadamente ou sou ressarcido, permaneço na relação sem cobrança.
Você deve estar se perguntando o que faz um casal para encerrar uma relação negativa e retornar na positiva?
Da mesma forma que na relação positiva, o casal faz a troca sempre um pouco mais do que receberam. Para o bem do amor faz-se necessário por precaução retribuir um pouco menos do que receberam. Assim o outro dará menos também e a troca negativa cessa retornando a positiva.  Só há uma possibilidade de a relação ir adiante: através da troca, seja ela pelas ofensas ou dadivas.
Estamos em um momento onde os relacionamentos estão sendo muito discutidos, nos distanciamos dele e agora retornamos para buscar o equilíbrio. Em tudo temos relacionamentos e trocas, trabalho (empresas), família, amigos. Quando o dar torna-se grande demais, e o tomar acontece somente de uma das partes o desequilíbrio aparece. O peso da divida torna-se grande e quem recebe pode não ter para dar o que o outro gostaria de receber colocando assim em risco a relação.
Como estão seus relacionamentos?  Estão-se dando de mais, cuidado pode ficar só. Se quiser o que o outro não tem para dar, hora de repensar. Se não esta tomando o que lhe é oferecido, que pena.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

FERE A CRIANÇA QUE FOI FERIDA

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As crianças nascem sempre com disponibilidade para o impulso de buscar os pais, porém nem sempre encontram seus pais disponíveis. Estão eles muitas vezes envolvidos com suas questões, algumas bem visíveis (trabalho, entretenimento, intrigas etc.) outras mais abstratas, quem nem mesmo os adultos têm consciência chamadas de emaranhamentos.
Em um experimento com bebes foi sugerida a seguinte questão: crianças eram filmadas por alguns minutos em sua cadeirinha, quando sua mãe entrava no mesmo espaço em que ela se encontrava imediatamente o impulso era de se jogar para a mãe para ser vista, essa a acolhia com brincadeiras e carícias, devolvendo-lhe a atenção. Outra criança era também filmada na mesma situação, porém essa mãe não correspondia aos anseios e impulsos do filho. Depois de um tempo a segunda criança começou a disfarçar suas emoções. Olhava para a mãe com o rabo dos olhos. E assim fizeram por três vezes, por alguns minutos apenas, quebrando depois essa atitude para que não prejudicasse a criança. Notou-se que, quando essa atitude é repetida por muitas vezes, a criança se desvincula da posição de ser vista e se recolhe, sentindo-se assim  não vista. Alguns profissionais dizem para as mães deixarem a criança chorar, pois, depois de um tempo ela vai parar e depois disso aprende o comportamento. Na verdade o que acontece é que a indisponibilidade dos pais em resposta a esse ato espontâneo da criança, a faz sentir-se só e desprotegida em suas necessidades. Essa dinâmica reduz a criança a um adulto desconfiado, sem interesse pelas coisas, surgem sintomas como começar atividades e não termina-las, dá-se o nome de amor interrompido, ou ainda criança ferida.
Outro experimento que pude fazer bastante interessante é tendo um cliente já adulto com essa dinâmica, com os olhos vendados sem que ele saiba. Colocamos duas pessoas representando seus pais, então o cliente sente o campo e reage mesmo de olhos vendados. Alguns pais dizem que queriam muito que seus filhos se desvinculassem, porem não se desvincula o que não foi vinculado. A criança aqui em questão, o jovem, não sente força para deixar seus pais, tornam-se muitas vezes rebeldes sem causa, pelas dinâmicas que vivenciou na infância. Entre elas podemos citar: “meus pais não me olham, são fracos, devo cuidar deles”, “eles não me deram o que precisei agora não quero mais”, existem outras, mas, aqui não se faz necessário apontá-las. Fica então a criança dividida entre ficar e ir, ficar e ir. Para ficar e receber, é como se o que tem para receber fosse venenoso pelas questões que vivenciou na infância, por outro lado se não recebe, não tem contato, isso se torna muito cansativo levando-a a sentir-se sem força, sem energia para olhar suas próprias coisas, sua vida. Pense num carro onde alguém pisa no freio e acelerador, freio e acelerador, ufa! isso é bastante cansativo. Não existem jovens aproveitadores dos pais, que é o que ouço muitas vezes. O que existe é a falta de vínculo para depois haver o desvínculo. Ao contrario do que pensam algumas pessoas, não é nada confortável não ter forças para olhar para sua própria vida. É o que escuto de muitos jovens em meu consultório. Não que erramos com nossos filhos, pois, só podemos dar aquilo que recebemos, porém já é tempo de acordarmos e desatar esses nós, sem julgamentos. Hoje somos adultos e podemos segurar nossa criança ferida e dar a ela o que precisa. Como disse Nilton “nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz”. Se assim fizermos, daremos aos nossos filhos a chance de se desprenderem desse nó sem transferir para seus filhos, nossos netos.

ANGELA MARIA CAMPOS ROCHA RABONI CRT 32.631angelamcamposrr@hotmail.com